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VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR E JUDICIÁRIO: REFLEXÕES ACERCA DO PARRICÍDIO COMETIDO POR MULHERES

Maria Patricia Corrêa Ferreira

Resumo

ResumoEste artigo discute a forma como os atributos de gênero são manipulados pelos atores judiciais ao lidarem com os processos criminais de parricídio cometido por mulheres, julgados na cidade de Paulo, entre os anos de 1990 e 2002. As sentenças que dão inteligibilidade aos crimes de parricídio em que as filhas são autoras estão associadas aos argumentos que vitimam a mulher por meio da “loucura” e da violência intrafamiliar. Entretanto, nos crimes confessos, a lógica do cumprimento dos papéis de gênero e as narrativas que evidenciam a violência entre pais e filhas não resultam favoravelmente para as mulheres parricidas. Nesses casos, o interesse financeiro se sobrepõe às representações de gênero baseadas no princípio da passividade feminina e da dominação masculina.
Palavras-chave: Judiciário, parricídio, mulheres.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v4i2.1063



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