Necropolítica candiru: corpo trans devorado na Amazônia
Resumo
Este texto propõe o termo necropolítica candiru para compreender formas de violência atmosférica presentes na Amazônia. Esse tipo de violência filia os contextos amazônicos ao apagamento sistemático de corpos e territórios considerados socialmente descartáveis, recorrendo a uma ideia de ausência de Estado que as torna possíveis. Destacam-se os conjuntos teóricos de estudos sobre necropolítica e violência atmosférica e, portanto, de epistemologias que permitem interrogar as hegemonias na produção de conhecimento sobre as violências fundantes dos sujeitos e de territórios colonizados. Desse modo, é possível afirmar que as ações de extermínio de pessoas trans revelam regulações não apenas no campo de gênero e sexualidade, mas toda uma gramática necropolítica que funda corpos/territórios por meio da violência na Amazônia.
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v15i2.13419
© As/os autoras/es que publicam na Amazônica Revista de Antropologia (ARA) retêm os direitos autorais e morais de seu trabalho, licenciando-o sob a Licença Creative Commons Atribuição-SemDerivação Works 3.0 Brasil que permite que os artigos sejam reutilizados e redistribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja citado corretamente.
|
This is an open-access website under the terms of the Creative Commons Attribution-NoDerivatives License. |