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Colonialidade do saber e resistências dos quilombolas: explorando as potencialidades das epistemologias do sul como instrumento para promover a decolonialidade

Douglas Silva do Prado, Nilvania Aparecida de Mello, Hieda Maria Pagliosa Corona

Resumo

Este artigo científico busca analisar como ocorre a colonialidade do saber pela Modernidade Ocidental e, nesse contexto, como se dá a resistência das comunidades quilombolas brasileiras em defesa dos seus conhecimentos e identidades culturais nas lutas pela preservação, reconhecimento, justiça e equidade epistêmica. Exploramos alguns aspectos do quadro teórico Epistemologias do Sul como possibilidades de avanço para a superação da colonialidade dos conhecimentos quilombolas. Para desenvolver o que é proposto, este trabalho pautou-se em uma abordagem qualitativa, baseada em referenciais bibliográficos, com a análise das ideias de vários autores decoloniais. A partir do percurso aqui realizado podemos concluir que a hegemonia moderna eurocêntrica ocidental sobre o conhecimento e sua perspectiva restritiva da ciência, que marginaliza e invisibiliza os conhecimentos provenientes de outros povos e locais, são alguns dos aspectos mais devastadores da Modernidade Ocidental. Porém, as comunidades quilombolas estão em constante movimento de luta e defesa por suas culturas, tradições, saberes e territórios, buscando sempre formas de resistir e preservar suas ontologias e epistemologias. Ainda, as Epistemologias do Sul, ao darem voz aos diferentes atores sociais, ao valorizarem os diversos saberes e ao questionarem as hierarquias de conhecimento presentes nas instituições acadêmicas, oferecem ferramentas importantes para promover a decolonialidade dos conhecimentos quilombolas.

Palavras-chave: Colonialidade do saber. Decolonialidade. Saberes quilombolas. Resistência quilombola. Epistemologias do Sul.




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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v16i1.15454



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