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Distopia Quilombola: A Base Espacial de Alcântara e os Impactos Sociais na Amazônia

Davi Pereira Junior

Resumo

Resumo

 

Nesse ensaio vou analisar sobre os principais impactos provocados pela Base Espacial de Alcântara ao Território Étnico Quilombola de Alcântara. O ensaio focará em três momentos distintos do conflito. 1. Iniciarei com uma discussão sobre o processo de violência simbólica e psicológica do deslocamento e o terror perpetrado pelo estado para garantir o deslocamento compulsório das famílias dos seus territórios. Processo de violência que foi exacerbada por mais de um século de exclusão e ausência do Estado, que, na prática, não estava presente desde que as propriedades do município ficaram sob o controle dos negros. 2. O processo de organização política de resistência local, organizada a partir das dinâmicas e epistemologias territoriais das comunidades, que serão entendidas aqui como o principal fator mobilizador das lutas de resistência contra o processo expropriatório conduzido pelo estado brasileiro. Assim, como principal elemento a partir dos quais os quilombolas passaram a mobilizar e reimaginar o componente da identidade étnica tanto como forma de mobilização e reafirmação interna, quanto na relação com o estado objetivando alcançar o reconhecimento de direitos territoriais coletivos como forma de proteger o restante dos seus territórios. 3. enfatizamos os processos de resistência do agora, analisando as estratégias de internacionalização das lutas dos quilombolas de Alcântara que passaram a usar dispositivos infraconstitucionais para interpelar o estado brasileiro em cortes internacionais. Ou seja, analisar como as comunidades quilombolas passaram a se organizar para terem condições de possibilidades de atuarem nas defesas de seus direitos territoriais, identitárias e a existência em arenas internacionais, dinamizando e ampliando os espaços de sua atuação e transformando a luta por direitos a permanência no território em uma questão da política internacional.

Palavras Chaves: Quilombo, Comunidade Alcântara, Conflito


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v16i2.16008



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