PEDRAS VERDES, PIEDRAS HIJADAS OU SPLEEN STONES: O COMÉRCIO DE PEDRAS NA AMAZÔNIA INDÍGENA SOB O OLHAR DOS EUROPEUS
Resumo
Este artigo trata das diferentes visões européias sobre o uso de pedras como adornos por grupos indígenas na zona do estuário Amazônico e na costa norte brasileira. Estas pedras foram bem descritas por missionários e colonizadores, mais sua importância foi minimizada e esquecida ao longo do tempo pelos pesquisadores de história indígena e arqueólogos em geral. Seu valor está associado principalmente à cultura tapajônica por causa dos raros “muiraquitãs” encontrados no baixo Tapajós. Contudo, observando os registros antigos podemos notar que os franceses em São Luís referem-se ao fato de os tupinambás e tapuias usarem as pedras verdes como adornos corporais, estando restritas aos homens adultos e casados. Já entre os espanhóis e portugueses, o uso de pedras “hijadas” é narrado para fins religiosos, como amuletos mágicos. No norte amazônico, os ingleses, holandeses e irlandeses também notaram o uso de pedras preciosas e semipreciosas em trocas junto a outros grupos indígenas e em tratamentos contra a melancolia e pedra nos rins (spleen stones). De acordo com esses relatos, as pedras verdes tinham um importante papel nas sociedades indígenas, seja como elementos de troca, seja como amuletos religiosos e/ou para o tratamento de doenças.
Palavras-chave: Pedras verdes, objetos de troca, contato cultural.
Abstract
This article addresses the different European views on the use of stones as ornaments by indigenous groups in the area of the Amazon estuary and the northern Brazilian coast. These stones were well described by missionaries and settlers, but their importance has been minimized and forgotten over time by the researchers of indigenous history and archaeologists in general. Its value is related to tapajó culture mainly because of the rare “amulets” found in the lower Tapajós. However, observing the ancient records we can see that the French at Saint Louis refers to the fact that tupinambás and tapuias use the green stones as body ornaments, a practice restricted to married men. Among the Spanish and Portuguese, the use of “piedras hijadas” is explained in its religious purposes, such as magical amulets. In the northern Amazon, the British, Dutch and Irish also noted the use of precious and semiprecious stones in exchanges with other indigenous groups and treatments against melancholy and kidney stones (spleen stones). According to these reports, the green stones had an important role in indigenous societies, either as items of exchange, either as religious amulets and / or for treating diseases.
Keywords: green stones, objects of exchange, cultural contact
Resumen
Este artículo aborda las diferentes opiniones europeas sobre el uso de piedras como adornos de los grupos indígenas en el área de la desembocadura del Amazonas y la costa norte de Brasil. Estas piedras fueron bien descriptas por los misioneros y los colonos; su importancia se ha minimizado y olvidado con el tiempo por los investigadores de la historia indígena y los arqueólogos en general. Su valor está relacionado con la cultura tapajônica principalmente
a causa de los raros “amuleto” que se encuentran en el Tapajós inferior. Sin embargo, observando los registros antiguos, podemos ver que los franceses en San Luís se refieren al hecho de que tupinambás y tapuias usaban las piedras verdes como adornos corporales, estando restringidos a los hombres casados. Entre los españoles y portugueses, el uso de “piedras hijadas” es narrado con fines religiosos, tales como amuletos mágicos. En el norte de la Amazonía, los británicos, neerlandeses e irlandeses también tomaron nota de la utilización de piedras preciosas y semipreciosas en los intercambios con otros grupos indígenas y los tratamientos contra la melancolía y los cálculos renales (piedras del bazo). Según estos informes, las piedras verdes tuvieron un papel importante en las sociedades indígenas, ya sea como objetos de intercambio, ya sea como amuletos religiosos y / o tratamiento de enfermedades.
Palabras claves: piedras verdes, objetos de intercambio, contactos culturales
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v2i2.402
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