Territórios de Trabalho, Circulação de Saberes e Processos Educativos em uma Comunidade Ribeirinha Amazônica
Resumo
Este artigo trata da relação entre ser humano e natureza em suas interfaces com saberes culturais e processos educativos que circulam em experiências singulares de trabalho na Comunidade ribeirinha de Sobrado, região do Salgado do Estado do Pará. Discute a configuração dos territórios que conformam essas experiências no cotidiano social desta comunidade. O trabalho, como uma forma de apropriação histórica, social e cultural de grupos sociais locais, efetiva-se por meio de materialidades socioambientais. As matas, os rios e os mangues para além da dimensão geográfica, constituem-se como territorialidades onde a vida de homens e mulheres residentes na Comunidade é engendrada na trama cultural. Personagens míticas como os encantados e outros seres povoam o universo simbólico e imaginário local, fazem morada nestes territórios, e matizam a cotidianidade do lugar. Por fim, analisa-se o trabalho como mediador cultural entre o ser humano e natureza, cuja materialidade das práticas produtivas saberes coletivos é acionada. Trata-se de uma etnografia do modo de ser e viver da comunidade, que tem como substrato o trabalho em seu sentido ontológico, por meio do qual são revelados processos educativos que potencializam uma concepção ampliada de educação e de condições de reprodução social da comunidade.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v9i1.5484
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