Um estudo sobre a implementação do Programa Brasil Quilombola nos povoados Ribeira e Tabacaria, Alagoas
Resumo
Estudos diversos sobre a implementação das políticas que compõem o Programa Brasil Quilombola demonstram que o acesso das comunidades aos benefícios dessas políticas é extremamente restrito. Destacam também a dificuldade de comunicação entre os executores das políticas do programa e as comunidades-alvo delas. Outros estudos demarcam a questão da falta de conhecimento dos membros das comunidades quilombolas acerca dessas políticas, o que dificulta a reivindicação dos direitos assegurados por este programa. Este artigo analisa se as políticas relacionadas ao programa foram implantadas em duas comunidades quilombolas no estado de Alagoas e qual foi o papel dos burocratas nesses processos. Através de pesquisa de campo e de entrevistas com burocratas e gestores das pastas responsáveis pela execução e implementação deste programa nos municípios, mapeou-se quais políticas dentro dos eixos que o integralizam foram implementadas, observando-se o papel desses burocratas na operacionalização e readequação dessas políticas, assim como a percepção da população desses povoados acerca dessas políticas. Conclui-se que estes burocratas têm um papel quase nulo na operacionalização e na melhora dessas políticas quando e se elas são implementadas e que a população desses povoados desconhece os benefícios a que têm direito dentro dos eixos do programa.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v12i1.7835
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