A CERÂMICA CAPÃO DO CANGA: UMA NOVA INDÚSTRIA CERÂMICA NA BACIA DO ALTO RIO GUAPORÉ, MATO GROSSO, BRASIL
Resumo
O alto rio Guaporé, por suas características e situação geográfica, foi uma região estratégica de convergência e/ou passagem de muitas populações indígenas pré-coloniais e etnohistóricas oriundas de regiões vizinhas, envolvendo desde possíveis grupos paleoíndios do Pleistoceno Superior a grupos pré-ceramistas arcaicos do Holoceno antigo e médio, ceramistas da era Cristã, bem como grupos etnohistóricos contemporâneos. Levantamentos arqueológicos efetuados pelo Projeto Fronteira Ocidental nas duas últimas décadas em um raio de 100 km na fronteira do estado do Mato Grosso com a Bolívia, levaram ao registro e estudo de 52 sítios arqueológicos distribuídos em cinco padrões de inserção dentro de três compartimentos geomorfológicos principais. Entre as ocupações ceramistas, cada qual concentrada nos compartimentos geomorfológicos ali existentes, foi possível reconhecer uma indústria cerâmica ainda inédita na literatura arqueológica concernente à área do alto rio Guaporé (cerâmica Capão do Canga), além de prováveis fenômenos de territorialidade e de existência de redes de trocas.
Palavras-chave: territorialidade, trocas, cerâmica, rio Guaporé.
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v4i1.885
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