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A CERÂMICA CAPÃO DO CANGA: UMA NOVA INDÚSTRIA CERÂMICA NA BACIA DO ALTO RIO GUAPORÉ, MATO GROSSO, BRASIL

Luiz Fernando Erig Lima

Resumo

O alto rio Guaporé, por suas características e situação geográfica, foi uma região estratégica de convergência e/ou passagem de muitas popu­lações indígenas pré-coloniais e etnohistóricas oriundas de regiões vizinhas, envolvendo desde possíveis grupos paleoíndios do Pleistoceno Superior a grupos pré-ceramistas arcaicos do Holoceno antigo e médio, ceramis­tas da era Cristã, bem como grupos etnohistóricos contemporâneos. Le­vantamentos arqueológicos efetuados pelo Projeto Fronteira Ocidental nas duas últimas décadas em um raio de 100 km na fronteira do estado do Mato Grosso com a Bolívia, levaram ao registro e estudo de 52 sí­tios arqueológicos distribuídos em cinco padrões de inserção dentro de três compartimentos geomorfológicos principais. Entre as ocupações ceramistas, cada qual concentrada nos compartimentos geomorfológi­cos ali existentes, foi possível reconhecer uma indústria cerâmica ainda inédita na literatura arqueológica concernente à área do alto rio Guaporé (cerâmica Capão do Canga), além de prováveis fenômenos de territori­alidade e de existência de redes de trocas.

Palavras-chave: territorialidade, trocas, cerâmica, rio Guaporé.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v4i1.885



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