CHAMADA ABERTA PARA DOSSIÊ TEMÁTICO COM PUBLICAÇÃO EM FLUXO CONTÍNUO NO 2º SEMESTRE DE 2025. Envios para: caderno4campos@gmail.com

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Neste dossiê ‘Antropologia e Arqueologias do Extraordinário: interagências de encantados, visagens e alteridades outras-que-humanas’, convidamos pesquisadoras e pesquisadores a se juntarem em uma jornada por mundos urbanos e não-urbanos, suscitando sensibilidades que apresentem caminhos teóricos diante das dimensões ordinárias e extraordinárias, nos permitindo permear, construir, transformar, agir e, assim, reflorestar os nossos imaginários. Buscamos reunir pesquisas que margeiam a Antropologia, Arqueologia e estudos sobre materialidades, alteridades, sensibilidades, interessadas nas interagências - com pessoas e/ou paisagens -, de encantados, visagens, santos, misuras, mal-assombros e todas as diversas qualidades de seres outros-que-humanos capazes de agência e promoção de afetos, afetações (PELLINI, 2018), etc. Para tal, contribuições sobre urbanidades, ruralidades, sociabilidades, processos-rituais em diversos cenários e formas de habitar e/ou se relacionar com o mundo, condutas, estilos de produção e práticas desses agentes sensíveis nas materialidades e na vida vivida (CERTEAU, 1998) são de suma importância para a proposição deste número, nos possibilitando apreender os modos de ser, pensar e agir com tais alteridades.

Bibliografia Recomendada

CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1998.

CORREIA, Heloisa Helena Siqueira; VANDER VELDEN, Felipe; ROCHA, Hélio Rodrigues Da (ORG.). Humanos e Outros que Humanos nas Narrativas Amazônicas: Perspectivas literárias e antropológicas sobre saberes ecológicos, tradicionais, estéticos e críticos. 1. ed. São Carlos, SP: Editora de Castro, 2023.

DESPRET, V. From secret agents to interagency. History and Theory, Malden, v. 52, n. 4, p. 29-44, 2013. Disponível em: <www.vincianedespret.be/papers/from-secret-agents-to-interagency/>. Acesso em: 20 nov. 2024.

EVANS-PRITCHARD, Edward Evan. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio De Janeiro: Zahar, 2015.

GALVÃO, Eduardo. Santos e visagens: um estudo da vida religiosa de Itá, Amazonas. 1. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1955. Disponível em: https://bdor.sibi.ufrj.br/handle/doc/56. Acesso em: 25 set. 2023.

GOMES, Jaqueline. Desvios e encantados: Uma outra arqueologia da paisagem na Amazônia. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 34, n. 2, p. 61–73, 2021. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/826. Acesso em: 3 jul. 2024.

GOMES, Jaqueline. Lugares-tempos no Lago Amanã : paisagens arqueológicas e habitabilidades ribeirinhas. 2022. Tese (Doutorado em Arqueologia) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/50246. Acesso em: 30 jul. 2024.

INGOLD, Tim. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, [S. l.], v. 18, n. 37, p. 25–44, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832012000100002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ha/a/JRMDwSmzv4Cm9m9fTbLSBMs/?lang=pt. Acesso em: 22 jul. 2024.

KRENAK, Ailton. Futuro ancestral. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, e-book, 677 posições.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. 1^a. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 729.

LEITE, Lúcio Flávio Siqueira Costa. “Pedaços de pote”, “bonecos de barro” e “encantados” em Laranjal do Maracá, Mazagão - Amapá: Perspectivas para uma Arqueologia Pública na Amazônia. 2014. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia - Universidade Federal do Pará, 2014. Disponível em: https://ppga.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/dissertacoes/LucioCostaLeite%20(Dissertacao_de_Mestrado)%20revisada.PDF. Acesso em: 2 mar. 2024.

MAUÉS, Raymundo Heraldo. O simbolismo e o boto na Amazônia: religiosidade, religião, identidade. História Oral, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 11–28, 2006. DOI: https://doi.org/10.51880/ho.v9i1.187. Disponível em: https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/187/191. Acesso em: 13 maio. 2024.

MAUÉS, Raymundo Heraldo; VILLACORTA, Gisela Macambira. Pajelança e Encantaria Amazônica. In: PRANDI, Reginaldo (org.). Encantaria Brasileira: O livro dos Mestres, Caboclos e Encantados. Rio de Janeiro: Pallas, 2001. p. 11–58.

PELLINI, José Roberto. Archaeology of Affection. In: Encyclopedia of Global Archaeology. Cham: Springer, 2018.

SOUZA, Jurema. Notas sobre luta, Encantados e o povo Pataxó Hãhãhãi. Argumentos - Revista do Departamento de Ciências Sociais da Unimontes, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 279–300, 2024. DOI: https://doi.org/10.46551/issn.2527-2551v21n1p.279-300. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/argumentos/article/view/7551. Acesso em: 27 nov. 2024.

TSING, Anna. Viver nas Ruínas: Paisagens Multiespécie do Antropoceno. Brasília: Devos, 2019. p. 284.

VASCONCELOS, Kauã. Fuga das Linhas: extinção e afastamento no convívio com os encantados na Ilha de Marajó. Amazônica - Revista de Antropologia, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 254–268, 2022. DOI: https://doi.org/10.18542/amazonica.v14i2.11905. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/amazonica/article/view/11905. Acesso em: 14 maio. 2024.