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Das Ciências Ambientais, Justiça Ambiental e Antropologia: uma relação comunitária

André Felipe de Moraes Marques, John Maciel Barra, Brenda Bandeira de Azevedo, Aguinaldo de Jesus Moraes Marques

Resumo

Este artigo examina a convergência entre justiça ambiental e os direitos das comunidades tradicionais, com foco na realidade brasileira. A justiça ambiental é definida como um conjunto de princípios que visam assegurar que nenhum grupo social suporte desproporcionalmente as consequências ambientais negativas. As comunidades tradicionais, incluindo indígenas e quilombolas, desempenham um papel crucial na conservação ambiental devido à sua relação simbiótica com o ambiente. O estudo destaca os desafios enfrentados por essas comunidades, incluindo conflitos territoriais, impactos das mudanças climáticas e desigualdade no acesso a recursos. A metodologia emprega uma abordagem interdisciplinar, integrando ciências ambientais e antropologia através de revisão bibliográfica. As ciências ambientais contribuem com ferramentas para identificação e mitigação de impactos, enquanto a antropologia fornece uma compreensão profunda das práticas culturais e sociais das comunidades. O artigo argumenta que a integração do conhecimento tradicional nas estratégias de conservação é fundamental para o desenvolvimento de políticas ambientais mais equitativas e eficazes. Conclui-se que a promoção da justiça ambiental requer uma abordagem holística que considere não apenas aspectos ambientais, mas também sociais e econômicos, garantindo que a transição para uma economia de baixo carbono seja justa e inclusiva.

Palavras-chave: Comunidades Tradicionais; Conservação; Interdisciplinaridade; Políticas Ambientais.


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DOI: http://dx.doi.org/10.1852/c4c.v8i2.18926

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