A escrita feminina negra na literatura da Amazônia maranhense: registros e subjetividades
Resumo
Este artigo tem como propósito apresentar a tese de doutorado intitulada “A ‘Senhora do Reino Encantado de Guimarães’3 e suas contemporâneas: Antropologia e Literatura na Trajetória da Escrita Feminina Negra na Amazônia entres os séculos XIX e XX”, defendida em abril de 2022 no programa de pós-graduação em Antropologia. Na pesquisa, Antropologia e Literatura dialogam por meio da etnografia enquanto concepção teórico-metodológica que fundamenta uma espécie de “arqueologia” do conhecimento acerca das mulheres que escreveram diferentes gêneros textuais - crônicas, poemas, romances e contos, cujos textos ficaram à sombra da historiografia literária. São questões relevantes no contexto de intensificação das discussões em torno da construção de novas relações de poder e da democratização do acesso aos bens culturais no Brasil. Assim, encaramos a literatura como campo de poder, espaço construído histórica e socialmente, no qual as publicações e o acesso foram controlados por homens, brancos e de classes sociais privilegiadas. Neste artigo, faço um breve recorte trazendo algumas reflexões acerca da produção escrita e das subjetividades de três escritoras maranhenses.
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