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FLUIR DAS EMOÇÕES: Os desenhos que criam mundos

Maria Lúcia da Silva Coelho

Resumo

Este ensaio pretende apresentar os caminhos percorridos para a composição desse estudo. Apresentarei, em linhas gerais questões relacionadas às medicinas da floresta, mais especificamente ao uso ritual da ayahuasca, bem como descrever por meio de desenhos as múltiplas trocas que envolvem o humano e a natureza. A introdução de entidades não-humanas como agente de
desenvolvimento de habilidades e conhecimentos, traz à tona a necessidade de se ter um olhar diferenciado, atento e engajado em relação a vida e suas continuidades, abarcando outras possibilidades de ser no mundo. Os resultados obtidos tiveram como pano de fundo a concepção de
cultura como habilidade. Onde relações entre ritual, trajetórias pessoais e produções artísticas, as quais têm por inspirações experiências com a ayahuasca, podem contribuir com o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos, resultando em uma troca significativa entre o humano e não humano.


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DOI: http://dx.doi.org/10.1852/c4c.v7i1.18994

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