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“ELA DRIBLOU O FOGO” trajetórias de mulheres evangélicas subversivas

Thaís de Oliveira Costa

Resumo

Este ensaio é fruto da minha monografia de conclusão de curso e parte dos questionamentos acerca das noções de gênero e poder no âmbito pentecostal. O texto trata da trajetória de duas mulheres evangélicas subversivas que ocuparam esse lugar de contraposto ao androcentrismo da igreja evangélica Assembleia de Deus, fundada em 1911, em Belém e que atualmente está presente em todos os estados brasileiros. Trata-se de uma instituição que reserva às mulheres papéis colaborativos não permitindo que estas ascendam na hierarquia eclesiástica. Esse fator endossa a postura androcêntrica da igreja que, em seus 110 anos de fundação, nunca consagrou mulheres aos cargos de liderança eclesiástica, mesmo tendo uma mulher como pioneira. Partindo de um aporte teórico baseado na escrevivência, como propõe Conceição Evaristo, trago a este texto a trajetória de minha avó Maria de Neves que foi mãe solo na década de 1950 e criou sete filhos trabalhando na roça e de minha mãe, Maria Aldeci, que “driblou o fogo” para cursar a universidade em busca de melhorias para os filhos. Essas duas mulheres construíram suas trajetórias subversivas dentro e fora da igreja evangélica Assembleia de Deus traçando rotas de fuga através da educação.


Palavras-chave: Escrevivência; Gênero; Pentecostalismo; Amazônia; Assembleia de Deus.


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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.1852/c4c.v6i1.19029

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