ESCREVENDO A CULTURA: A ETNOGRAFIA PÓS-MODERNA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Resumo
Este artigo trata do método da etnografia pós-moderna utilizado na pesquisa sobre
identidades de gênero na educação infantil; e tem como objetivo discutir a teoria e os
procedimentos de pesquisa. O referencial teórico utilizado transita por autores que discutem
os Estudos Culturais: Hall (1997, 1999, 2003), Johnson (2000); autores/as que debatem
etnografia pós-moderna: Clifford (1998), Marcus (2004), Jordão (2004), Caldeira (1988),
Ribeiro (2013a, 2013b). O artigo discute a crise epistemológica com Severino (2007) e Kuhn
(2006), como contexto de surgimento desse método de pesquisa, bem como os
procedimentos e aplicações da etnografia pós-moderna no trabalho de campo. Este artigo
encontra-se organizado da seguinte forma: Inicialmente falaremos da crise da ciência
moderna; em seguida apresentaremos a etnografia pós-moderna e seus pressupostos; logo
após abordaremos os instrumentos de produção, como as observações, conversações e
registro no diário de campo; por fim discutiremos a escritura e a tradução cultural como ferramenta inventiva na produção de sujeitos, contextos e significados, na escrita da cultura. Concluímos que a escola (re) produz os estereótipos de gênero, mas as crianças negociam perante os constantes investimentos sobre seus corpos e condutas.
Palavras-chave: Cultura; Gênero; Etnografia pós-moderna; Tradução.
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DOI: http://dx.doi.org/10.1852/c4c.v4i2.19079
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