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PROPOSIÇÕES PARA PENSAR A EXPERIÊNCIA ETNOSENSÍVEL EM UMA PAISAGEM URBANA

Marina Ramos Neves de Castro

Resumo

Neste texto procuraremos observar como nós, através de nossas percepções sensoriais,
possuímos a faculdade de construir camadas e vestígios de sentidos em nossas vivências em
nossos campos de pesquisa. Essas percepções sensoriais corroborariam por conformar uma
escritura que delineia nossa forma de estar junto - seja do pesquisador em campo, seja do
pesquisador em relação ao seu campo. Uma forma social conformada através dos sentidos
(Laplantine 2017) e, também, através das sensações e percepções, ou ainda, das práticas que
evocam uma socialização (Simmel 1983). Para tanto, partiremos da ideia de uma etnografia
sensorial (Pink 2012) e da ideia de uma antropologia modal, proposta por Laplantine (2017).
Também nos acompanha a reflexão de Favre-Saade (2012) sobre a não-neutralidade da
antropologia nos seus processos de compreensão-interpretação. Essas reflexões têm por pano
de fundo, ou fundamento, a fenomenologia de Merleu-Ponty (1945).
Palavras-chave: Antropologia modal; Etnografia sensorial; Fenomenologia;
Socialização.


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Referências


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