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Interconexões na formação da Antropologia Forense Brasileira

Mariluzio Araujo Moreira da Silva, Hilton Pereira Silva

Resumo

A Antropologia Forense (AF), como uma subdisciplina da Antropologia Biológica, desempenha um papel
crucial em investigações oficiais no Brasil, seja em contextos de crimes domésticos, em casos de Violência
por Parceiro Íntimo (VPI), ou mesmo em contextos de violações de direitos humanos. Em seus
primórdios, até a primeira metade do século 20, estava centrada na construção de perfis biológicos a
partir de remanescentes humanos; atualmente, ampliou seu escopo teórico e prático para incluir a análise
de indivíduos vivos não documentados, análises de fraturas, materiais genéticos entre outras. No Brasil,
possui sua própria história de desenvolvimento e diferente de países como os EUA e Portugal, ainda não
está estabelecida como uma profissão, mas sim como um campo de prática, sendo realizada quase
exclusivamente em instituições periciais oficiais. Este artigo analisa a constituição da Antropologia
Forense Brasileira como um campo de prática forense, explorando algumas de suas semelhanças e
diferenças em relação ao desenvolvimento dessa área em outros países.
Palavras-chave: Bioantropologia; Antropologia Forense; Direitos Humanos, História.


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DOI: http://dx.doi.org/10.1852/c4c.v9i1.19279

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