Cadernos CEPEC

Williamson, Fukuyama e as estruturas de governança

Jhonathan Cavalcante da Costa

Resumo

Este artigo analisa divergências e complementaridades entre a teoria dos custos de transação, representada principalmente por Oliver Williamson, e a abordagem economicista do capital social sob a ótica de Francis Fukuyama. Demonstrou-se que, juntos, os conhecimentos sobre capital social e custos de transação, apresentam maior poder explicativo. Após revisão dos pensamentos filosóficos de Thomas Kuhn, Karl Popper e Imre Lakatos, foi possível comparar essas abordagens sob um ponto de vista científico. Adotou-se a Metodologia dos Programas de Pesquisa Científica de Lakatos: após delimitação do que é irrefutável nas teorias por decisão consensual, consideram-se as demais informações como hipóteses auxiliares. Esta pesquisa contribui para a assimilação do conceito de sociabilidade espontânea no contexto da teoria da teoria dos custos de transação.


Palavras-chave

Estruturas de Governança, Custos de Transação, Capital Social, Confiança, Sociabilidade Espontânea


Texto completo:

PDF

Referências


Bourdieu, P. (1980). Le capital social: notes provisoires Actes de la Recherche en Sciences Sociales, 31(1), 2-3. Recuperado de https://www.persee.fr/doc/arss_0335-5322_1980_num_31_1_2069

Bourdieu, P. (1986). The forms of capital. In J. Richardson (Ed.), Handbook of theory and research for the sociology of education (pp. 241-258). New York: Greenwood. Recuperado de https://home.iitk.ac.in/~amman/soc748/bourdieu_forms_of_capital.pdf

Bueno, N. P. (2004). Lógica da ação coletiva, instituições e crescimento econômico: uma resenha temática sobre a nova economia institucional. Economia, 5(2), 361-420. Recuperado de https://www.anpec.org.br/revista/vol5/vol5n2p361_420.pdf

Chibeni, S. S. (2002). O que é ciência? São Paulo: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – Unicamp. Recuperado de http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/ciencia.pdf

Coase, R. H. (1937). The Nature of the Firm. Economica. 4(1), 386-405. Recuperado de https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1468-0335.1937.tb00002.x

Coleman, J. S. (1990). Foundations of social theory. Cambridge: Harvard University Press.

D’Araujo, M. C. (2003). Capital Social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Fagundes, J. (1997). Economia institucional: custos de transação e impactos sobre política de defesa da concorrência (Texto para discussão n. 407). Rio de Janeiro, RJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Economia. Recuperado de https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/16992/1/JFagundes.pdf

Fapesp (2012, julho). Elinor Ostrom (1933-2012). Pesquisa FAPESP, (197). Recuperado de https://revistapesquisa.fapesp.br/elinor-ostrom-1933-2012

Felipe, E. S. (2006). Instituições e mudanças institucionais numa ótica evolucionaria: uma abordagem a partir dos conceitos e da metodologia neo-schumpeteriana (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil.

Fernandes, A. S. A. (2002). O capital social e a análise institucional e de políticas públicas. Revista de Administração Pública, 36(3), 375-398. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/6444

Fialho, F. M. (2008). As múltiplas definições do conceito de capital social. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, (65), 71–87. Recuperado de https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/313

Fukuyama, F. (1996). Confiança: as virtudes sociais e a criação da prosperidade. Rio de Janeiro: Roço.

Fukuyama, F. (2000). Social Capital and Civil Society. International Monetary Fund, (00/74), 1-19. Recuperado de https://ssrn.com/abstract=879582

Koehn, D. (1996). Should we trust in trust? American Business Law Journal, 34(2), 183-204, Recuperado de https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1744-1714.1996.tb00695.x

Kuhn, T. S. (2006). A estrutura das revoluções científicas (9a ed.). São Paulo: Perspectiva.

Lakatos, I. (1978). The methodology of scientific research programmes. Cambridge: Cambridge University Press.

Loury, Glenn C. (1976). A dynamic theory of racial income differences (Texto para discussão n. 225). Evanston, IL: Northwestern University, Kellogg School of Management, Center for Mathematical Studies in Economics and Management Science. Recuperado de https://www.econstor.eu/bitstream/10419/220585/1/cmsems-dp0225.pdf

Neves, F. R. (2002). Karl Popper e Thomas Kuhn: reflexões acerca da epistemologia contemporânea. Revista da FARN, 2(1), 143-148. Recuperado de http://www.revistas.unirn.edu.br/index.php/revistaunirn/article/view/67/77

Piaia, T. C., & Preis, M. A. (2019). Deveres fundamentais: contribuições ao desenvolvimento das “virtudes cívicas”, do “capital social” e da “confiança”. Revista Direitos Fundamentais & Democracia, 24(1), 126-142. Recuperado de https://revistaeletronicardfd.unibrasil.com.br/index.php/rdfd/article/view/1419

Popper, K. R. (1982). Conjecturas e refutações (2a ed.). Brasília: Editora Universidade de Brasília.

Putnam, R. D., Leonardi, Robert, & Nonetti R. Y. (1993). Making democracy work: civic traditions in modern Italy. Princeton: Princeton University Press.

Ribeiro, A. C. A., & Miranda, C. B. S. (2019). Capital social e o acesso à proteção social. Administração Pública e Gestão Social, 11(1), 79–91. Recuperado de https://periodicos.ufv.br/apgs/article/view/5327

Santos, E. R., & Nunes, M. F. (2016). Capital social e políticas públicas: um estudo comparado no Vale do Rio dos Sinos. Revista de Administração Pública, 50(1), 129-149. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/58608

Silveira, F. L. (1996). A metodologia dos programas de pesquisa: a epistemologia de Imre Lakatos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 13(3), 219-230. Recuperado de https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/7047

Simon, H. A. (1955). A behavioral model of rational choice. The Quarterly Journal of Economics, 69(1), 99-118. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/1884852

Son, J., & Feng, Q. (2019). In social capital we trust? Social Indicators Research, 144(1), 167-189. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/48704505

Stiglitz, J. E. (1985). Information and economic analysis: a perspective. Economic Journal, 95(Supl.), 21-41. Recuperado de https://academic.oup.com/ej/article-abstract/95/Supplement/21/5190299

Tonkiss, F. (2000). Trust, social capital and economy. In F. Tonkiss, A. Passey, N. Fenton, L. C. Hems, (Eds.), Trust and civil society (pp. 71-89). London: Palgrave Macmillan. Recuperado de https://link.springer.com/chapter/10.1057/9780333981795_5

Valle, M. G., Bonacelli, M. B. M., & Salles Filho, S. L. M. (2002, novembro). Aportes da economia evolucionista e da nova economia institucional na constituição de arranjos institucionais de pesquisa. Anais do Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, Salvador, BA, Brasil, 22.

Williamson, O. E. (1981). The economics of organization: the transaction cost approach. American Journal of Sociology, 87(3), 548-577. Recuperado de https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/227496

Williamson, Oliver E. (1985). The economic institutions of capitalism: firms, markets, relational contracting. New York: Free Press.

Williamson, O. E. (1991). Strategizing, economizing, and economic organization. Strategic Management Journal, 12(S2), 75–94. Recuperado de http://www.jstor.org/pss/2486435

Williamson, O. E. (2005). The economics of governance. The American Economic Review, 95(2), 1-18. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/4132783




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/cepec.v13i1.15411

Apontamentos

  • Não há apontamentos.