ESTIMANDO O POTENCIAL DE REFLORESTAMENTO DA NOVA LEGISLAÇÃO FLORESTAL BRASILEIRA
Resumo
O trabalho teve como objetivo analisar o custo de recuperação de áreas degradadas no Pará-Brasil frente ao Código Florestal de 2012. Especificamente, foi avaliado o custo de implantar um projeto de reflorestamento para recuperar áreas degradadas com a espécie madeireira paricá (Shizolobium amazonicum) no estado do Pará, no processo de recuperação de áreas de proteção ambiental permanente (APP). Para isso foi levantado o passivo ambiental da região Norte e foram criados cenários de preços com base em dados secundários do Relatório de Informações Semestrais – RIS de Paragominas/PA, construiu-se o fluxo de caixa e calculou-se índices de viabilidade econômica e financeira (valor presente líquido; razão benefício/custo e a taxa interna de retorno). Os resultados mostram que o avanço dos sistemas agroflorestais(SAF’s) surge como alternativa de reflorestar as áreas degradadas via reflorestamento. Os resultados indicaram que considerando uma taxa de juros de 6 % obtém-se um VPL de R$ 1.075,31 e TIR de 7%, valores que geram externalidades positivas tanto os agricultores que desejam reflorestar como para os empresários que querem reduzir os custos de implantação de projeto florestal e, é viável economicamente recuperar uma APP pelo método do reflorestamento.
Palavras-chave
Custo de reflorestamento, Novo Código Florestal, APP, VPL, TIR.
Texto completo:
PDFReferências
BANCO DA AMAZÔNIA. Relatório de Informações Semestrais sobre Atividades Agropecuárias- RIS. Belém, 2013.
BREPOHL, D. Contribuição do Setor Florestal à Economia Brasileira. Revista Floresta, v.11, n.1, p.53-57, 1980.
GITTINGER, J.P.Economic Analysis of Agricultural Projects. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1995.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Disponível em:
INCRA(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Disponível em:
____________ Lei nº 12.651, de 25 de Maio de 2012.Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. Acesso em: 28 de novembro de 2014.
____________ Lei nº 12.727, Altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; e revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2o do art. 4o da Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. Acesso em: 28 de novembro de 2014.
MUELLER, Charles C. Os economistas e as relações entre o sistema econômico e o meio ambiente. Brasília: Finatec, 2007. p. 120-133.
PEARCE, D. W. Environmental economics. New York: LongmanICN., 1976.
REZENDE, J.L.P. e A.D. de Oliveira. Análise econômica e social de projetos florestais. Viçosa: UFV, p.389.2001.
SANTANA, A. Cordeiro de, 1995. Manual de elaboração e avaliação de projetos de investimentos rurais. Belém-PA: BASA; FCAP. (Estudos Setoriais, 1).
SANTANA, A. Cordeiro de, 2005. Elementos para a avaliação de projetos de investimentos rurais. In: SANTANA, A.C. de. Elementos de Economia agronegócio e desenvolvimento local. Belém: GTZ; TVD; UFRA, p.63-82. (Série Acadêmica, 01).
SISFLORA(Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais) Disponível em:
SFB (Serviço Florestal Brasileiro). Disponível em:
SOARES-FILHO, Britaldo Silveira.Impacto da revisão do código florestal: como viabilizar o grande desafio adiante? Centro de Sensoriamento Remoto, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 2013.
SOARES-FILHO, Britaldo Silveira. CrackingBrazil’s Forest Code. Disponível em:
RIVERO, Sérgio. O nó da madeira: modelagem e simulação multiagentes da exploração madeireira em Rondônia. Universidade Federal do Pará – NAEA, 2004 (Tese de Doutorado)
RIVERO, Sérgio; ALMEIDA, Oriana; ÁVILA, Saulo e OLIVEIRA, Wesley. Pecuária e desmatamento: uma análise das principais causas diretas do desmatamento na Amazônia. Nova Economia, 2009, 19, 41-66.
MARGULIS, Sérgio. Causes of deforestation of the Brazilian Amazon. World Bank Publications, 2004, 22.
DEFRIES, Ruth; HOUGHTON, RICHARD.; HANSEN, Matthew; FIELD, Christopher; SKOLE, David & TOWNSEND, John. Carbon emissions from tropical deforestation and regrowth based on satellite observations for the 1980s and 1990s. Proceedings of The National Academy os Sciences, 2002, 99, 14256-14261
HOUGHTON, Richard. Aboveground Forest Biomass and the Global Carbon Balance. Global Change Biology, 2005, 11, 945-958.
ARIMA, Eugênio; BARRETO, Paulo e BRITO, Marky. Pecuária na Amazônia: tendências e implicações para a conservação ambiental. IMAZON, 2005, 68 p.
VERISSIMO, Adalberto; BARRETO, Paulo; TARIFA, Ricardo e UHL, Christopher. Extraction of a high-value natural resource in Amazônia: the case of mahogany.Forest Ecology and Management,1995, 72, 39-60
FERREIRA, Leandro; VENTICINQUE, Eduardo e ALMEIDA, Samuel. O desmatamento na Amazônia e a importância das áreas protegidas. Estudos Avançados, 2005, 53, 157-166
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/cepec.v6i1-6.7036
Apontamentos
- Não há apontamentos.