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Reflexões sobre ser índio ou indígena como elementos do movimento de resistência

Ketlen Lima de Souza APURINÃ, Ernizia Borges Sereno KAXINAWÁ, Liliane Araújo Maia PUYANAWA, Aline Andréia NICOLLI

Resumo

Este trabalho problematiza o uso dos termos “Índio” e “Indígena” e se propõe a enfatizar alguns aspectos da resistência indígena como produtora do cotidiano e mantenedora da ancestralidade indígena. Em relação à problematização dos termos, importa indicar que não temos a intenção de cristalizar ou ditar uma regra sobre o que vem a ser uma pessoa indígena num contexto tão diverso como o brasileiro, mas lançar algumas questões para reflexão e abertura de outros debates. Para isso, registramos que nossas reflexões emergiram devido à encruzilhada das realidades vividas pelas(os) estudantes indígenas do Grupo PET Conexões de Saberes: Comunidades Indígenas, da Universidade Federal do Acre. Dessa forma, o que se apresenta, ao longo do presente texto, é resultado de um exercício completamente experimental e, por isso, caracteriza-se como uma fala e uma escrita situadas em um lugar e um tempo específicos. Uma fala e uma escrita sobre o que é ser indígena a partir da experiência de estar nos mundos (ou no mundo) atravessada pelas histórias, culturas e linguagens, entre outras tantas coisas que não são, de forma alguma, fixas. Ao contrário, tudo está em movimento e tudo é datado. Por isso, não se trata de uma fala ou de um texto de impacto, mas do resultado de um processo de autorreconhecimento, que implica a ressignificação de um pertencimento étnico, primeiro de forma individual e, depois, coletiva.


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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rcs.v8i1.19181

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