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Violência contra a mulher, quem mete a colher? Trajetórias de lutas das mulheres da Vila da Barca, Belém (PA)

Simone Nonato Miranda

Resumo

Este artigo objetiva analisar como mulheres provedoras da família compreendem o papel da Educação na prevenção e combate à violência na Vila da Barca. Com uma abordagem qualitativa, realizou-se um estudo de caso com moradoras que viveram ou vivem em situação de violência doméstica, por meio de entrevistas estruturadas e análise de conteúdo, segundo a teoria de Bardin (1979). A pesquisa revela que a violência contra mulheres é um fenômeno perverso, produto das desigualdades entre os gêneros. As trajetórias das mulheres da Vila da Barca demonstram as singularidades envolvidas nessas relações conflituosas. Embora, por vezes, se vejam sem saída e impossibilitadas de romper o ciclo de violência, elas resistem, lutam e revidam. Os preconceitos associados às mulheres nessa situação, como a ideia da dependência econômica, o alcoolismo e a baixa escolaridade são estilhaçados pelas trajetórias de Alice e Bela, que se reconhecem como sujeitos ativos no processo de enfrentamento à violência, recusando-se a assumir a posição de vítimas. Quanto à educação, elas reconhecem como um elemento fundamental nas relações sociais, por promover o diálogo e o respeito entre os gêneros.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rcga.v0i7-12.13222

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Revista Científica Gênero na Amazônia - Periodicidade semestral - Qualis B-2 - unificado referente ao quadriênio 2017-2022

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