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Izabel é Dona de Si e Não se Rende: produção de corporalidades e moralidades em Bragança/PA (1916-1940)

Alessandra Patricia de Oliveira Dias Campos

Resumo

Não obstante os esforços do Estado para que o corpo fosse prioritariamente associado às atividades laborais, as mulheres não se renderam às limitações que se buscava estabelecer e, de diferentes maneiras, fizeram emergir as suas vontades ocupando lugares e vivenciando experiências que lhes permitissem aproveitar o tempo livre em atividades de lazer e diversão. Porém, estas movimentações não passaram despercebidas pelas autoridades da Comarca de Bragança, tampouco pela comunidade que convivia com estes corpos "devassos". Nesta perspectiva, a partir da análise de processos de defloramento e rapto impetrados na Comarca de Bragança entre 1916 e 1940, buscou-se compreender como os enredados em ações criminais interpretaram os corpos das mulheres e os dos homens e os classificaram de maneiras distintas, avaliando como honestos os dedicados ao trabalho e, na faculdade de libertinos, os que se entregaram às atividades vislumbradas como fontes de satisfação e deleite.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rcga.v0i21.13360

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Revista Científica Gênero na Amazônia - Periodicidade semestral - Qualis B-2 - unificado referente ao quadriênio 2017-2022

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