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Recovery para uma Vida Cotidiana de Protagonismo em Saúde Mental

Maria de Nazareth Rodrigues Malcher O. Silva

Resumo

Um cotidiano de autonomia considera-se como um marco para o sucesso da reabilitação psicossocial da política a saúde mental. Em contrapartida, a hospitalização e rotina reduzida em atividades, reduzindo a pessoa apenas às atividades nos serviços substitutivos, tem gerado, processualmente, rupturas,
distanciamento de uma cotidianidade de interferências em ocupações e protagonismo. Desta forma, o sentido está em criar estratégia de Recovery como postura relevante para saúde mental, e que foi observada
na entrevista de Livia, usuária da saúde mental, com descrição de um cotidiano autônomo, protagonista, sem estar reduzido no tratamento psiquiátrico medicamentoso e terapêutico. Neste sentido, sua entrevista
desenha para nós seu processo em saúde mental, desconstruindo a lógica de tratamento apenas pela cura dos sintomas, mas de um cotidiano ativo, refletido pelo paradigma de Recovery, pela superação ao estigma
historicamente instituído do louco, por meio de ações em saúde holística, de empoderamento e exercício da cidadania, mostrando a necessidade de políticas robustas ampliadas do campo médico e da vida social, como
também de estímulo ao discurso e à sabedoria popular.


Palavras Chave: Autonomia. Protagonismo. Cotidiano. Saúde mental. Recovery.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rcga.v22i2.13478

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