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30 Anos do GEPEM e Onde Esteve a Geografia da UFPA?

Aline Lima Pinheiro Machado, Magali Caldas Barros, Benedita Alcidema Coelho dos Santos Magalhães

Resumo

Resumo: O artigo analisa a relação entre a Geografia e os estudos de gênero na Universidade Federal do Pará (UFPA), destacando a ausência histórica de interseções entre essa ciência e as pautas feministas, apresentadas pelo Grupo de Estudos Eneida de Moraes sobre Mulher e Relações de Gênero (GEPEM). Criado em 1994, o GEPEM promove discussões sobre direitos das mulheres e diversidade na Amazônia. No entanto, em 70 anos de Geografia na UFPA, a aproximação com questões de gênero foi limitada, sendo recentemente incentivada com a formação do Grupo de Trabalho Geografia e Gênero da Amazônia (GT GGEAMA), em 2022. A pesquisa utiliza metodologia qualitativa, com revisão bibliográfica e análise de registros históricos. O estudo de Maria Luzia Miranda Álvares, “Histórias, Saberes e Práticas: os Estudos sobre Mulheres entre as Paraenses”, documenta o desenvolvimento dos estudos feministas no Pará e a resistência em introduzir essa pauta na Geografia. O artigo organiza-se em três seções: a primeira explora o papel do GEPEM; a segunda analisa lacunas e desafios históricos; e a terceira discute a importância das memórias para uma Geografia de gênero. Conclui-se que a ausência da Geografia nos debates de gênero foi uma lacuna importante, mas o diálogo promovido pelo GEPEM e o GT GGEAMA sinaliza uma mudança necessária, promovendo uma ciência geográfica mais inclusiva e alinhada à diversidade na Amazônia.

Palavras Chave: Gênero. Amazônia Paraense. Humanidades. Mulheres.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rcga.v0i26.18164

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