AS COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA: UMA ANÁLISE SOBRE AS DEFINIÇÕES NAS OBRAS APROVADAS NO PNLD DE 2020
Resumo
O artigo tem como objetivo identificar e analisar as definições que são atribuídas aos territórios remanescentes de quilombos nos livros didáticos de sétimo ano de Geografia, aprovados no PNLD de 2020. Este tema é importante para a geografia, tendo em vista tanto a implementação da lei 10.639/03, que torna obrigatório a inserção da temática racial no ensino, como também a quantidade de comunidades quilombolas que recentemente tem requerido o título de seus territórios. As análises tiveram como foco identificar as definições dessas comunidades, presentes em todas as obras aprovadas no PNLD de 2020, no livro do sétimo ano. Como resultado dessa análise foi verificada a continuidade da definição associada ao paradigma isolacionista, pautado na fuga e homogeneidade. Nessa leitura quilombo não é um campo negro, amplo e multifacetado. As comunidades são vistas atreladas a uma continuidade do passado, sem diversidade e pluralidade. Essa leitura demonstra que mesmo com a obrigatoriedade da lei, e a presença do conceito de remanescentes de quilombos nas recentes reformas curriculares, o tema ainda é apresentado de forma engessada.
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PDFReferências
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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/geo.v12i24.15790
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