Marcação de caso e funções sintáticas em Asurini do Xingu
Resumo
Este artigo apresenta resultados referentes à análise do sistema de marcação de caso em Asurini do Xingu, mostrando a sua importância na identificação de sintagmas nominais que desempenham as funções sintáticas sujeito e objeto no nível intraclausal. Na língua há duas classes de verbo: uma ativa e outra inativa. Essa divisão provoca uma cisão no sistema de caso da língua. Na estrutura ativa, existe um sistema nominativo-acusativo. Nesse sistema, prefixos da série I levam à identificação tanto de A quanto de S; já na estrutura inativa, surge o sistema cindido, Split-S. Nesse sistema, Sa e A são codificados da mesma forma, diferentemente de So e O, que são codificados por pronomes pessoais. Mostra também que apenas a marcação de caso não seria suficiente para a identificação de sujeito e objeto em todos os contextos linguísticos, sendo necessário o uso de outros mecanismos, como ordem, referência cruzada e hierarquia de pessoa.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i58.10851