Literatura e cultura da diversidade no modernismo brasileiro
Resumo
No contexto da literatura brasileira da primeira metade do século XX, vamos tratar, inicialmente, de dois autores cuja imaginação esteve empenhada em reelaborar o mito da identidade nacional: Paulo Prado [1869-1943] e Oswald de Andrade [1890-1954]. Ambos procuraram dar uma resposta ao problema que, no âmbito da cultura da época, surgia como enigma, mas com estratégias distintas, como veremos, apesar de convergências em alguns pontos. Em seguida, iremos traçar um paralelo entre a noção de “crioulização” de Édouard Glissant, passando pelas considerações teóricas de Raphaël Confiant, e o construto antropofágico e literário de Oswald de Andrade. Por fim, deduziremos que o escritor paulista elabora uma noção de mestiçagem mais restritiva e datada na concepção crítica, ainda que mais avançada em relação a Paulo Prado. Será no texto literário que Oswald, contudo, deixará uma marca de mestiçagem, tanto na forma como no conteúdo, mais aberta e atual.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i37.1355