MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

Resistir, insistir, persistir, existir: um debate entre Martin Heidegger e Jacques Rancière mediado por Aimé Césaire

Irisvaldo Laurindo de Souza, Antônio Máximo Ferraz

Resumo

Discute as diferentes posições de Heidegger e Rancière sobre resistência através da arte. O primeiro refuta a Estética por acreditar que ela reduz a obra a objeto de sensação e de consumo. O estatuto da arte, para ele, é ontológico; sua verdade desvela-se fenomenologicamente. A primeira hipótese deste artigo é a de que essa maneira de Heidegger encarar a arte é também um modo de teorizar a sua resistência. Rancière, por sua vez, problematiza as ambiguidades da arte: ela resiste em si, materialmente, e para além de si, esteticamente; instaura dissensos. Na contemporaneidade, segundo ele, vige uma metapolítica que reestrutura os modos de resistência ao desvincular a arte tanto da militância política como da estetização mercadológica. A segunda hipótese é a da vigência dessa metapolítica em Diário de um Retorno ao País Natal de Aimé Césaire, poema que também interpretamos à maneira de Heidegger.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i61.13872