A língua é viva: um caso de neologismo na sala de aula de uma escola do campo
Resumo
A língua é complexa, viva, social e histórica, com o tempo transforma-se. Isso posto, léxico novos surgem e outros desaparecem, cabendo ao professor de língua portuguesa mediar o processo ensino-aprendizagem do sistema linguístico levando em consideração essas características sem ignorar os fatores extralinguísticos também. Nessa perspectiva, essa pesquisa analisa um caso de neologismo identificado em uma escola do campo no estado do Pará. A metodologia usada na investigação é a pesquisa-ação. O objetivo geral - trabalhar a língua por meio da perspectiva sócio-histórica de Bakhtin, explorando o uso de um neologismo identificado no retorno às aulas presenciais no primeiro semestre de 2022. Para isso, pautou-se em estudos de Thiollente (2009), Bakhtin (1997); Foucault (2006); Fairclough (2016) e Câmara Jr. (2009). Conclui-se, assim, que os neologismos surgem em contextos urbanos e rurais de forma bastante dinâmica e inusitada (neste caso, internalizado e disseminado no ápice do isolamento social) às vezes, naturalizar-se à língua, mas que, em alguns casos, desaparecem e/ou passam despercebidos ao olhar do professor de Letras, caso ele não esteja em constante formação. Espera-se com isso que outros professores/pesquisadores se atentem para o fenômeno linguístico usado, explorando-os de forma sistemática, principalmente, os dos contextos regionais.
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i62.15070