Um manifesto pela libertação do corpo feminino: Meu corpo ainda quente (2020) de Sheyla Smanioto
Resumo
A presente pesquisa tem como objetivo analisar como produções literárias de autoria feminina configuram-se em um importante espaço de resistência e ressignificação de suas vivências, convertendo a escrita em um ato político. A obra selecionada como corpus para análise foi o romance Meu corpo ainda quente (2020), da escritora Sheyla Smanioto, que se configura em torno de uma sociedade distópica onde as mulheres não são donas do próprio corpo. Na perspectiva de alcançar o objetivo proposto, sustentamos a pesquisa nas reflexões realizadas por Rita Terezinha Schmidt (2017), Hélène Cixous (2022), Lúcia Osana Zolin (2021) e Regina Dalcastagnè (2002; 2007; 2012). Os resultados apontam para a relevância social da produção literária feminina, pois, como importante ferramenta de intervenção crítica na sociedade, contribui para o processo de emancipação do corpo feminino, além de possibilitar a apropriação da própria história e compartilhar a experiência de ser mulher no mundo.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i66.17433