A filha única, de Guadalupe Nettel: um olhar interseccional sobre a maternidade
Resumo
O artigo analisa a questão da maternidade retratada em A filha única (2022), de Guadalupe Nettel. Na obra, a maternidade é explorada pelas protagonistas Laura, Alina e Doris. Laura decide não ser mãe e lida com os julgamentos de uma sociedade que ainda vê a maternidade como o destino inato da mulher. Alina dá à luz uma menina que tem uma condição rara no cérebro, enfrentando os desafios de ser mãe de uma criança com deficiência. E Doris cria sozinha seu filho, um menino com intensas crises de comportamento. Por meio da análise dessas personagens, é refletida a interseccionalidade da maternidade, com o objetivo de desconstruir os discursos universais sobre a função da mulher e a romantização deste papel. A pesquisa é bibliográfica e recorre ao estudo de teóricas do feminismo como: Badinter (1985; 2011), Pateman (1993), Schmidt (2012), Stevens (2005), Silva (2016) e Vieira (2018).
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i66.17440