Expressões de futuridade em cartas manuscritas do século XIX
Resumo
Neste artigo, relatamos os resultados de nossas pesquisas acerca das expressões de futuridade em cartas manuscritas dos séculos XIX e XX, período em que a região amazônica ascendia economicamente devido ao ciclo da borracha. O objeto de estudo desta pesquisa são as noções de futuro defendidas pelas gramáticas, aqui representadas pela Novíssima Gramática da Língua Portuguesa (2009), de Domingos Cegalla, e pela Gramática Normativa da Língua Portuguesa (2011), de Rocha Lima. Assumimos, para estabelecer uma visão diacrônica sobre o estudo, a perspectiva funcionalista e a variacionista da linguagem (LABOV, 2008; MOLLICA; BRAGA, 2017; MONTEIRO, 2000; TARALLO, 1986). Para contemplar as análises de estruturas linguísticas não marcadas, nos níveis morfológico ou morfossintático, estudamos a categoria de tempo semanticamente (REICHENBACH, 1947; SILVA, 1998a). Desta maneira, refletimos em torno das noções de futuro e futuridade. Os estudos não somente apontam para a variante futuro do presente como a mais produtiva nas cartas estudadas do acervo J. G. Araújo, mas também mostram que muito há a ser estudado sobre a forma nominal de infinitivo em contextos de futuridade.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i54.8161