Toponímia e línguas indígenas: um estudo de caso com base na toponímia sul-mato-grossense
Resumo
Este trabalho discute aspectos da contribuição vocabular ameríndia em designativos toponímicos que nomeiam acidentes físicos e humanos da zona rural da microrregião de Paranaíba/MS. O corpus analisado foi extraído do Sistema de Dados do ATEMS (Atlas Toponímico do estado de Mato Grosso do Sul), complementado por dados oficiais do IBGE/2010. A análise dos dados foi orientada pelo modelo teórico-metodológico de Dick (1990; 1992). Para as questões de natureza etimológica e de língua de origem dos topônimos, foram consultadas obras lexicográficas de línguas indígenas, tais como Sampaio (1928); Tibiriçá (1985; 1989); Navarro (2013) e Cunha (1999). Os resultados confirmam que a toponímia indígena examinada evidencia aspectos da influência de fatores de natureza física na nomeação dos acidentes geográficos. Em relação à língua de origem dos topônimos os dados evidenciaram a predominância do português e uma presença significativa de topônimos oriundos de línguas indígenas, com maior incidência do Tupi.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i55.9174