MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

A aprendizagem da finitude em dois poemas de Manuel Bandeira

Elzio Quaresma Ferreira Filho, Antônio Máximo Ferraz

Resumo

Este trabalho se propõe a interpretar os poemas “Visita” e “Lua nova”, que integram o livro Opus 10 (1952), de Manuel Bandeira, com o intuito de demonstrar a presença, neles, de uma aprendizagem da finitude, a qual possibilita uma incomum e admirável serenidade em relação à morte. Seguindo as considerações do filósofo Hans-Georg Gadamer acerca da relação entre o intérprete e a obra de arte, nossa interpretação abdicará da aplicação de um método previamente formulado aos poemas para privilegiar a escuta do dizer que emana de cada um deles. A interpretação dos poemas nos indicará como a morte pode ser pensada sem o alarmismo e a carga negativa que a nossa época lhe emprega, mas de modo sereno, percebendo-a como algo natural e necessário.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i56.9761