A aprendizagem da finitude em dois poemas de Manuel Bandeira
Resumo
Este trabalho se propõe a interpretar os poemas “Visita” e “Lua nova”, que integram o livro Opus 10 (1952), de Manuel Bandeira, com o intuito de demonstrar a presença, neles, de uma aprendizagem da finitude, a qual possibilita uma incomum e admirável serenidade em relação à morte. Seguindo as considerações do filósofo Hans-Georg Gadamer acerca da relação entre o intérprete e a obra de arte, nossa interpretação abdicará da aplicação de um método previamente formulado aos poemas para privilegiar a escuta do dizer que emana de cada um deles. A interpretação dos poemas nos indicará como a morte pode ser pensada sem o alarmismo e a carga negativa que a nossa época lhe emprega, mas de modo sereno, percebendo-a como algo natural e necessário.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i56.9761