Usinas hidrelétricas sob os véus da “sustentabilidade”: os pescadores artesanais da Ponta do Abunã (RO) e a Usina Hidrelétrica de Jirau
Resumo
A partir da primeira década do século XX novas hidrelétricas têm sido propostas para a Amazônia Legal. Os exemplos das hidrelétricas de Balbina, Tucuruí e Samuel deixaram muito a desejar no que diz respeito à participação e à inclusão da população atingida. A Hidrelétrica de Jirau é divulgada pelos seus proponentes como experiência díspar das anteriores no bioma amazônico sendo propagada e impulsionada pela ideologia do desenvolvimento sustentável. Neste trabalho, objetiva-se perceber a forma como os pescadores artesanais da região rondoniense da Ponta do Abunã estão inseridos no “mundo” de Jirau. Por meio de entrevistas e trabalhos de campo marcados por observação direta e participante, o presente trabalho possibilitou perceber que apesar das exigências da nova legislação ambiental brasileira, as novas hidrelétricas propostas para a Amazônia Legal ainda são marcadas pela insuficiência de estudos ambientais, exclusão de considerável parcela da população atingida e graves efeitos sociais, semelhantes àqueles do período ditatorial.
Palavras-chave
Amazônia; Hidrelétricas; Pescadores; Efeitos Sociais
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5801/ncn.v21i1.3497
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Print ISSN: 1516-6481 – Eletrônica ISSN: 2179-7536