Nova Revista Amazônica

UMA EXPERIÊNCIA EM SAÚDE, LÍNGUA E HUMANIZAÇÃO NO CONTATO ENTRE MÉDICOS CUBANOS E PACIENTES BRASILEIROS NA AMAZÔNIA PARAENSE

Danielle Pinto Silva, Tabita Fernandes da Silva

Resumo

Este artigo traz o recorte de um estudo mais amplo da dissertação intitulada “Médicos cubanos e comunidade bragantina: notas sobre o contato linguístico espanhol/português em terras brasileiras” que teve como objetivo apresentar alguns aspectos da situação do contato linguístico que se estabeleceu entre médicos cubanos e parte da comunidade bragantina no âmbito do Programa Mais Médicos, nos anos de 2015 a 2017, no município de Bragança-PA. Neste recorte, apresentamos algumas questões de natureza linguística que emergiram desse contato linguístico nas práticas de saúde entre os médicos cubanos e pacientes bragantinos, em que ambos estavam interessados em entender e se fazerem entendidos em seus relatos verbais. Dessa forma, a pesquisa consistiu em analisar os impasses impostos pelas diferenças linguísticas dos dois grupos bem como sobre as estratégias desenvolvidas, por ambos, para atingirem os propósitos prioritários das consultas médicas no contexto em que se encontravam. Assim, os resultados evidenciaram que o esforço mútuo e a cooperação na aceitação das estratégias e esforços de tradução propostos no contexto garantiram o sucesso das interpretações dos sintomas da enfermidade e de seus diagnósticos, culminado em uma experiência integrativa entre saúde, língua e humanização na Amazônia paraense. O caminho metodológico da pesquisa constituiu-se em uma abordagem hermenêutica e, para isso, foram realizadas entrevistas, aplicação de questionários e observações, bem como foram adotados princípios teóricos das áreas Línguas em Contato Weinreich (1953) e Thomason (2001), da Sociolinguística Labov (2008) e Calvet (2004), Bortoni- Ricardo (2005) e da Tradução cultural Jakobson (1995).


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/nra.v9i2.10671

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