Nova Revista Amazônica

ESCRITOS E TRAVESSIAS: DO BRINQUEDO DE MIRITI AO CÍRIO DE NAZARÉ

Lídia Sarges Lobato, Joyce Otânia Seixas Ribeiro

Resumo

Somos sujeitos construídos, em razão da combinação efêmera dos diversos marcadores sócios culturais, imersos na multiplicidade de teia de significados, que atravessa-nos, enredando nossa subjetividade. Nosso objetivo é interpretar as experiências na esfera pública, considerando dois eventos, o Miritifest e o Círio de Nazaré, e seus efeitos na subjetividade de uma mulher artesã-chefe de brinquedo de miriti. O problema de pesquisa situa-se em compreender: Como os eventos culturais afetaram a subjetividade de uma mulher artesã de brinquedo de miriti? A metodologia escolhida foi a etnografia, desenvolvida durante 4 meses, em um ateliê de produção de miriti, no município de Abaetetuba, no estado do Pará. Neste cenário, mergulhamos na história da artesã ao encontro das experiências, dos eventos que subjetivaram, revelando uma trama de aceitação, negociação e resistência, entrelaçada pelos aportes teóricos dos Estudos Culturais e dos Estudos de Gênero, com Canclini (2000), Clifford (1998), Hobsbawm (1984), Louro (2000; 2016), Scott (1995), dentre outros. Os resultados obtidos foram: a artesã atravessa as fronteiras entre o espaço privado e a esfera pública; dilui binarismos, reinventando-a, a partir da experiência com a diferença no interior do ateliê, tensionando a heterossexualidade compulsória; os eventos na esfera pública afetam a subjetividade, transformando seu corpo e mente.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/nra.v10i1.12759

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