AMAZÔNIA: INFERNO VERDE OU PARAÍSO PERDIDO? CENÁRIO E TERRITÓRIO NA LITERATURA ESCRITA POR ALBERTO RANGEL E EUCLIDES DA CUNHA
Resumo
A representação da Amazônia seja feita pela ótica estrangeira, seja pelo olhar autóctone, manifesta-se de forma equivocada, quando não perniciosa. Um imaginário, ora fantasioso, ora infernal instituiu-se
ao longo de uma histórica repetição de (pré) conceitos e estereótipos. A literatura, em alguns casos, serviu a essa estandardização na tentativa de entender e explicar a região amazônica. Os primeiros textos literários que colocaram a Amazônia em foco no cenário literário nacional estão ligados aos princípios positivistas em voga no século XIX e inserem-se concomitantemente na tradição literária realista-naturalista. Na discussão de Inferno Verde (1908) e À margem da história (1909), respectivamente escritos por Alberto Rangel e Euclides da Cunha; nós podemos encontrar duas perspectivas interpretativas: um lugar terrível ou um paradisíaco. Nesse artigo, nós iremos discutir as bases ideológicas presentes no discurso paratextual (GENETTE, 2009) responsável por dar suporte a
essa caracterização infernal ou paradisíaca da Amazônia; questionando até que ponto o discurso narrativo (Fictionality/Factuality) (STIERLE, 2002; SCHMID, 2010) pretende ser considerado como representativo do espaço e das sociedades que habitaram a Amazônia em certo contexto histórico.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/nra.v5i3.6256
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