TRANSAMAZÔNICA: INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR
Resumo
Este artigo discute como o governo ditatorial do General Emílio Garrastazu Médici se utilizou de elementos simbólicos como base para a legitimação da grande empreitada da colonização da Amazônia. O objetivo é discutir, a partir dos conceitos de nação, civilização e conquista, como os esforços de ocupação e de desenvolvimento da região mobilizaram energias materiais e ideacionais para promover a ocupação da Amazônia. Esse processo se deu no âmbito do Programa de Integração Nacional, no qual a construção da rodovia Transamazônica teve grande relevo. Utilizando-se de fontes bibliográficas, documentais e materiais divulgados por alguns veículos da grande imprensa brasileira da época, o artigo mostra a mística da integração nacional elaborada a partir de alguns elementos simbólicos como o Eldorado, o paraíso, o inferno, o deserto verde, o vazio, a solidão. A metodologia utilizada foi análise documental e de discurso. A conclusão do artigo é que o Plano de Integração Nacional não reduziu o problema da seca nos sertões nordestinos, nem concluiu a integração nacional. Esta última permaneceu como propósito, juntamente com os projetos de colonização e as iniciativas de ocupação que ainda persistem.
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/nra.v8i1.8624
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