IGREJA E TERRITÓRIO, ENTRE O TEMPO, O ESPAÇO E OS CONFLITOS: DISCURSOS E PRÁTICAS SOBRE BELO MONTE
Resumo
A implantação do complexo de Belo Monte suscitou manifestações de ordem favoráveis e contrárias ao projeto de desenvolvimento na Amazônia. Vários setores e atores ligados à sociedade civil e governamental se envolveram na formulação de estratégias que permitiram discutir: os modelos de desenvolvimento, as questões ambientais, as alternativas e posturas que resultam em várias manifestações envolvendo o campo e a cidade, com repercussão em nível nacional e internacional. O presente texto apresenta o contexto das contradições referentes às concepções sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte. As questões pertinentes sobre território, identidade, realidade, desenvolvimento e progresso – as quais pontuam os governos, os consórcios, os movimentos sociais e a Igreja Católica – suscitam ampla discussão na sociedade brasileira. Os dados utilizados foram obtidos no levantamento de campo realizado em Altamira entre os agentes de pastorais, comunidade local, Movimento Xingu Vivo para Sempre e lideranças da Prelazia do Xingu. Foram tratados segundo a metodologia qualitativa e quantitativa utilizando a técnica de pesquisa do discurso do sujeito coletivo. À época observou-se a estreita relação da Igreja com movimentos e grupos, que encamparam a luta na região do Xingu. Identificou-se também que não é o todo da Igreja do Xingu que compartilha a resistência ao desenvolvimento e progresso que o estado e consórcio idealizam. Demonstra que há divergências e mudanças internas, na Igreja Católica e nos Movimentos Sociais, e na atual conjuntura as divergências e separações estão em pleno vigor.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/nra.v8i3.9632
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