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Insurreições estéticas e performances na Amazônia brasileira: notas para uma reflexão decolonial (Edição 485)

Larissa Latif

Resumo

A crítica decolonial tem, nestas primeiras décadas do século XXI, encontrado expressão entre pesquisadores do campo das artes. Práticas performativas não hegemônicas que acionam múltiplas motrizes culturais revelam a localidade de formas naturalizadas como modelos universais, bem como as potências poéticas e políticas das formas periféricas e híbridas.  Propomos uma reflexão sobre duas formas de teatralidades performativas amazônicas, a corda dos promesseiros do Círio de Nazaré e o movimento das drags themônias, analisados como táticas de desestabilização do sujeito universal moderno e das ordens classificatórias tradicionais da modernidade no que tange à produção das artes da cena na Amazônia brasileira por meio de um desligamento da estética dominante. Articulamos um conjunto de contribuições conceituais do campo dos estudos decoloniais, dos estudos da performance e da crítica transfeminista para refletir sobre as motrizes culturais diversas acionadas na práticas performativas analisadas, constituindo-se corpos que performam na fronteira, na encruzilhada, recriados, redimensionados e ressignificados, capazes de instaurar estéticas e epistemes decoloniais que desafiam as normatividades hegemônicas e o regime de neoescravização do capitalismo avançado. 

 Palavras-chave: Estéticas decoloniais. Práticas performativas amazônicas. Corda dos promesseiros. Drags themônias.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v1i2.10177

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