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Habitus camponês-caboclo e disposições temporais nos camelôs do centro comercial de Belém (Paper 385)

Alexandre Sócrates Araujo de Almeida Lins, Fábio Fonseca de Castro

Resumo

Este artigo visa demonstrar que as disposições produtivas do tipo camponês-caboclo, descrito por Costa (2012a e 2012b), estão presentes nos camelôs do Centro Comercial de Belém. Para isso, este estudo se baseia em Schutz (1967, 1970 e 1987), em que a experiência intersubjetiva é uma co-constituição do mundo social pelas consciências que nele estão presentes, a partir da sedimentação e transmissão das reservas de experiência. A pesquisa argumenta ainda a importância de compreender a dimensão incorporada desses modos práticos de conhecimento e ação, através da noção de habitus, de Bourdieu (2009). A identificação desses sedimentos foi feita, juntamente, com a compreensão das especificidades do tipo camelô na contemporaneidade através de uma pesquisa de campo de inspiração etnográfica, dentro da perspectiva de um fenômeno social total, aos moldes de Mauss (2003), ou seja, com seus aspectos religiosos, sensíveis, políticos e familiares. Para captar esses aspectos do universo camelô foram realizadas 10 entrevistas em profundidade, com roteiro flexível, de agosto de 2016 a junho de 2017.

Palavras-chave: Camelôs. Caboclos. Setor Informal. Trabalho. Centro Comercial de Belém.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v1i1.11119

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