Fluxos migratórios internacionais para a Amazônia brasileira do final do século XIX ao início do século XX: O caso dos italianos (Paper 240)
Resumo
Pensar na presença italiana na Amazônia do fim do século XIX ao início do século XX, significa situar esse segmento no conjunto das correntes migratórias que se dirigem para a região, tendo como principal motivação a busca pelas apregoadas riquezas decorrentes da exploração da borracha. Os imigrantes vincularam-se a diversas atividades, dando importante contribuição tanto no domínio econômico quanto no técnico, profissional e cultural. Nessa Amazônia multicultural, tiveram maior representatividade numérica três fluxos migratórios de europeus: portugueses, espanhóis e italianos; e dois fluxos asiáticos: libaneses; e mais tardiamente, de japoneses, cada qual mantendo suas peculiaridades. No contexto dessa migração internacional, a corrente italiana e suas contribuições para o processo de desenvolvimento regional constituíram nosso foco de análise. A pesquisa foi direcionada para as famílias de italianos que elegeram a Amazônia como região de destino, percorrendo diferentes trajetórias, aqui se fixaram e se integraram à economia e sociedade amazônicas. Evidências empíricas permitem agrupar esses imigrantes em dois grupos: imigração subsidiada dirigida para as colônias agrícolas e imigração espontânea dirigida às cidades. A imigração dos dois segmentos foi contemporânea, mas se diferenciou quanto às razões norteadoras da migração, quanto à composição social, à origem regional e às áreas de destino.
Palavras-chave: Amazônia fins do século XIX. Fluxos migratórios. Italianos no Brasil.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v18i1.11394
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