Huntington e Waltz: reflexões para análise dos “novos” conflitos internacionais (Paper 245)
Resumo
Neste artigo são discutidos alguns aspectos centrais das teorias de Huntington, em O Choque de Civilizações, e de Waltz, em O Estado, o Homem e a Guerra, observando seus fundamentos na compreensão dos conflitos internacionais na contemporaneidade e suas contribuições para a análise dos “novos conflitos” no contexto de “guerras-fluxo”. Embora esses autores tenham se antecipado no deslocamento analítico sobre a persistência da guerra na nova ordem mundial, minimizando sua determinação por fatores ideológicos, econômicos e psicológicos, mas suscitando seu entendimento pela diversidade cultural dos conflitos e pela forma como os grupos de poder se inserem na estrutura política internacional, o “terrorismo” e o “narcotráfico” têm se caracterizado como desafios inovadores à análise política internacional pautada na relevância dos Estados como monopólio da violência. No entanto, sugere-se que o problema esteja mais relacionado à crise de paradigmas no campo da teoria política e menos na persistência das “novas” manifestações de guerras e de conflitos em suas várias possibilidades bélicas. A convergência entre esses autores sobre a relevância do Estado na condução da política internacional indica que a variável explicativa possa estar no seu próprio campo de investigação enquanto monopólio legítimo dos meios da força física, o que dependeria de fatores históricos, normativos, metodológicos, da forma como suas instituições políticas interagem entre si, com a sociedade e com relações internacionais.
Palavras-chave: Conflitos internacionais. Guerra. Relações internacionais. Terrorismo.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v18i1.11406
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