Nova imagem, novos discursos para “revitalização” do espaço São José Liberto, Belém (Paper 247)
Resumo
A cidade de Belém entre os anos de 1995 e 2006 constituiu-se em “laboratório” para experiências de gestão e (re) apropriação de espaços, empreendidas pelo Governo do Estado, visando inserir essa cidade num contexto de competitividade da economia mundial. Para tanto, adotou-se como paradigma de planificação, a “gestão estratégica de cidades”. Nesta estratégia, natureza, cultura e memória assumem importância central, como variáveis que permitiram (re)significações simbólicas, de maneira a dotar alguns fragmentos de espaços da área central da cidade, de imagens passíveis de serem consumidas por turistas, bem como, por grupos sociais que possuem demanda solvável. Nesse sentido, o presente artigo objetiva compreender alguns aspectos que permearam as estratégias de gestão e (re)apropriação de espaços públicos, vinculadas às práticas de “revitalização” do espaço São José Liberto, em Belém. A análise do espaço público se faz necessária, num momento em que a gestão estatal local empreende arremedos de cidade, em decorrência de práticas urbanísticas que tendem a promover o “coroamento” de estratégias segregacionistas, ao conceberem a periferia como “lugar fora das idéias” do planejamento estratégico.
Palavras-chave: Gestão estratégica. “Revitalização”. Espaço público. Belém. São José Liberto.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v18i1.11408
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