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A geografia do crime na metrópole: da economia do narcotráfico à territorialização perversa em uma área de baixada de Belém (Paper 223)

Aiala Colares de Oliveira Couto

Resumo

O crescimento urbano acelerado das metrópoles brasileiras trouxe grandes problemas sociais e econômicos para o país. A questão urbana, hoje, como é chamada à problemática relacionada à cidade. Assim, para entender a questão urbana é preciso antes de tudo identificar o que de fato a cidade precisa, pois o avanço da chamada “cidade ilegal”, ou seja, as ocupações espontâneas nas áreas de favelas e periferias das grandes metrópoles, hoje representam não apenas um ponto crítico de habitação, mas também o lócus de reprodução da criminalidade, inclusive o tráfico de drogas. Nesse contexto, a metrópole de Belém, na Amazônia Oriental, enfrenta o avanço indiscriminado do tráfico de drogas que se manifesta em suas áreas de baixada, reproduzindo a violência e se firmando como uma configuração territorial que surge em função de uma desorganização espacial da cidade periférica. Desse modo, Belém convive com um espaço segregado que se torna cada vez mais controlado pela criminalidade, pois onde o Estado atua de forma precária, o crime se apresenta como oportunidade, daí entender porque o bairro da Terra Firme é hoje considerado o mais violento e mais controlado pelo tráfico de drogas. Assim, a territorialidade do tráfico de drogas se impõe atuando em parceria com outros crimes a partir daquelas áreas do bairro mais precárias de infra-estrutura urbana ou as áreas mais discriminadas e com isso, estabelecendo leis e códigos decifrados apenas pelos atores sociais envolvidos no esquema do crime obtendo volumosos lucros e impondo estratégias de dominação política sobre a sociedade.

Palavras-chave: Urbanização. Segregação. Territorialização. Tráfico de drogas.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v17i1.11433

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