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Borracha Amazônica: Arranjos produtivos locais, novas possibilidades e políticas públicas (Paper 191)

Assunção J. Pureza Amaral, Francisco Samonel

Resumo

Os povos nativos da Amazônia, antes do descobrimento da América, já extraíam o látex nativo e fabricavam, artesanalmente, diversos artefatos de borracha, os encauchados. Os europeus desenvolveram outras técnicas industriais para o processamento da borracha, que permitiram o seu transporte, na forma de matéria-prima, até as indústrias localizadas distante dos locais de sua extração. Com o ingresso da produção da borracha de cultivo, no início do século XX e, em seguida, da borracha sintética, ficou inviável a produção da borracha amazônica, sem o apoio de políticas governamentais protecionistas. Porém, nos últimos quinze anos, estão surgindo algumas experiências inovadoras, como a FDL (Folha de defumação líquida), os “couros”, vegetal e ecológico e os novos encauchados. Estaremos fazendo uma abordagem especial sobre os novos encauchados, por se tratar de arranjo produtivo único, diferenciado de todos os demais. Combina a tradicional técnica indígena com as tecnologias industriais, porém simplificadas e adaptadas, da vulcanização e da incorporação de cargas à borracha. Trata-se de uma tecnologia social, desenvolvida especificamente no Estado do Acre, e em experimentação nas aldeias indígenas Kaxinawá/Shanenawa do rio Envira. É uma iniciativa não governamental, autônoma e sustentável, que se transformada em política pública, poderá viabilizar a produção da borracha amazônica, proporcionando qualidade de vida e inclusão social, sem agredir o meio ambiente ou interferir no estilo de vida das populações tradicionais.

Palavras-chave: Borracha nativa. Arranjo produtivo local. Povos indígenas. Encauchados. Tecnologia social.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v15i1.11474

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