Camponeses e conflitos sócio-ambientais na região do Trombetas (Paper 169)
Resumo
Neste artigo analisam-se as experiências de camponeses envolvidos em conflitos sócio-ambientais ocorridos desde os anos setenta na região do rio Trombetas, gerados pelas intervenções do aparato de Estado e de empresas que, com base em políticas diferenciadas, conseguiram interferir nos modos de uso e de apropriação dos recursos dos antigos ocupantes. As resistências do grupo repertoriam uma série de práticas para opor-se à política de preservação do órgão ambiental (IBDF e posteriormente IBAMA) e, por associação, também à da empresa de mineração que classifica como intencionalmente criminais as atividades de caça e coleta, como as ocorrências em relação à caça de tartarugas, à pesca nos lagos e à coleta da castanha. Esses antagonismos têm manifestações exteriores e representações diversas e no decorrer do processo de conflito, é possível situar negociações e impasses. A titulação de terras para os remanescentes de quilombos significa uma negociação na qual grupos familiares encontraram uma solução relativa, entretanto o impasse permanece para o grupo de camponeses tradicionais ou para os novos ocupantes da área da Reserva Biológica do Rio Trombetas que buscam alternativas legais para sua permanência nesse espaço.
Palavras-chave: Camponeses. Conflitos sócio-ambientais. Trombetas.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v13i1.11552
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