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Práticas agroextrativas de grupos negros do trombetas (Paper 093)

Rosa Acevedo Marin, Edna Maria Castro

Resumo

O sistema social dos antigos ocupantes das margens do rio Trombetas e dos seus herdeiros está assentada sobre significados reais e imaginários que propõem explicações sobre a existência do grupo nesse território, produto de representações, apreensão da natureza e que perfazem, de forma original, a oralidade de sua história. Neste artigo busca-se percrustar o significado didático entre grupos negros construindo seu sistema colonial nas particularidades do ecossistema do trombetas. O século passado marca para essas comunidades um processo expropriatório por parte da sociedade dominante, o que estimula o desenvolvimento de um modo de cooperação e de práticas associativas substanciais para a permanência e unidade dos grupos que conformariam um modo de produção doméstico ou familiar na região, essencial para a permanência destes desde o início deste século em diversos grupos do Trombetas. A intervenção contínua da sociedade branca em seus territórios tem demandado um processo de desestruturação da organização social e produtiva baseada em práticas milenares. Entretanto, os negros demonstram níveis de permanência e capacidade de reprodução sobre as bases de sua identidade étnica e de reconquista territorial, materializadas em pressões no sentido de obterem a demarcação de suas terras.

Palavras-chave: Práticas milenares. Negros. Desestruturação produtiva.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v7i1.11835

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