Pequena produção familiar e capitalismo: um debate em aberto (Paper 016)
Resumo
Constata-se facilmente que a produção agrícola familiar constitui, ainda hoje, uma realidade expressiva nos países capitalistas, mesmo entre os mais avançados. Os camponeses detêm a terra e outros meios de produção, são responsáveis por parcela razoável da produção agropecuária, fazem greves, fecham estradas e gestam movimentos políticos de grande expressão, para não falar nas sérias dores de cabeça que freqüentemente causam aos muitos que se arvoram em estudá-los. Mesmo uma rápida resenha sobre alguns estudos já empreendidos sobre os pequenos produtores revela uma multitude de abordagens e paradigmas teóricos. De produtores anacrônicos e assalariados disfarçados, é vasto o espectro de conceitos a que estão submetidos. No debate sobre capitalismo, agricultura e campesinato, identificamos quatro enfoques básicos, sistematizados da seguinte forma: a) a transitoriedade da produção camponesa e o predomínio crescente das relações capitalistas no campo; b) o campesinato enquanto modo de produção; c) o campesinato como fruto da redefinição das relações entre a agricultura; e a indústria (esta corrente encontra-se subdividida em duas vertentes: 1) o campesinato como forma específica de relação capital/ trabalho e 2) (o campesinato derivado dos obstáculos à produção capitalista); d) o campesinato como um componente histórico, ativo, nas transformações da agricultura. O objetivo deste trabalho é investigar detalhadamente estas abordagens, atendo-se a seus autores mais representativos.
Palavras-chave: Produção familiar. Capitalismo. Campesinato.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v3i1.11964
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